domingo, março 21, 2010

Descobri que não amo os homens,
Mas, a literatura, acima de tudo.
Fui enganada até agora.
Eles se disfarçavam de literatura e me encantavam.
Ou, eu, disfarçava as histórias a tal ponto que me enredava na trama que criava
Acreditava tanto na história que tinha imaginado que não conseguia mais perceber que era ficção
Hoje sei.
Não amo os homens.
Amo a literatura
Mas, claro que se ele me fizer sentir do mesmo modo que Pessoa me faz,
Sim, darei uma chance a esse homem.
Mesmo já sabendo qual o verdadeiro motivo desse amor.

2 comentários:

Leonardo Xavier disse...

Me lembrou essa citação do Padre Vieira:
Quem estima vidros, cuidando que são diamantes, diamantes estima, e não vidros; quem ama defeitos, cuidando que são perfeições, perfeições ama, e não defeitos.
Cuidas que amais diamantes de firmeza, e amais vidros de fragilidade; cuidais que amais perfeições angélicas, e amais imperfeições humanas.
Logo os homens não amam o que cuidam.
Donde também se segue que amam o que verdadeiramente não há, porque amam as coisas, não como são, senão como as imaginam, e o que se imagina e não é, não o há no mundo.

Maria Mercedez Amaranta disse...

Muito boa essa citação, faz a pessoa pensar muito! O padre realmente se garante! he he he